Fico impressionado com a popularidade de alguns sites e twitters.
Milhares de seguidores de frases vazias, fotos sem qualidade, mas muito
deslumbramento
e muitos nomes famosos. Name droppers.
Também sucesso para o mal gosto, palavrões, perversões e agressões.
Pessoas deliram e os criadores da neo-cultura digital se tornam
ídolos.
Revistas e jornais sérios dedicam reportagens, talvez na obrigação de
revelar aos leitores o que acontece de verdade.
Fica parecendo que endossam e incentivam o
mal gosto.
É certo que ser ignorante e saber apenas o básico do
dia a dia medíocre é muito mais fácil. E muito mais
popular.
E pobres de espírito e cultura se tornam
ricos em espécie.
A nova criatividade é cheia de humor barato e porcalhão.
No mundo inteiro programas de televisão e filmes bizarros têm grande
audiência.
Requintes e sutilezas de elegância, antes conquistados em família,
ou adquiridos por observação e gosto, agora são considerados
frescuras
de pessoas de quinta. Fora do contexto. Jurássicos.
Vou continuar a observar, já que hoje acordei com este pensamento.
Vou fazer uma idéia melhor sobre isso e mudar, se necessário.
Afinal, apesar de parecer, nunca fui apenas um homem que segue a
vida
by the book. E, afinal, que livro seria esse?
Gosto do alternativo, do provocativo, do irônico.
Sempre gostei de Nelson Rodrigues que, agressor de uma década,
hoje é santo comparado com alguns. Além de sua qualidade em estilo e literaura.
Será que, daqui a alguns anos, estes que hoje não gosto serão considerados
clássicos
de uma época?
O tempo é sábio.
Vou esperar que me responda.
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